A minha família canina I
A vida ensinou-me que só eles são capazes de dar amor incondicional. Para mim são tão importantes como as pessoas, por vezes mais. Fico mal quando os vejo abandonados e doentes. Por isso tenho dez em casa. Em casa e no quintal, que felizmente moro no campo. Não posso ter mais porque recebi um ultimato e não posso trazer mais nenhum. Hoje vou falar de dois deles: o maior e a mais pequenina, amigos inseparáveis que não se largam nem para comer e dormir. Ele chama-se Bóris e tem quatro anos. É o único cão de "marca" cá de casa, mas tal como os outros estava condenado a morrer. Está cá desde as seis semanas, lindo, doce maravilhoso, amigo e... gordo. Adoro o meu Bóris, meu grande amigo, que tão bem percebe e sabe consolar quando estou triste. Para além de tudo é futebolista e tem mau perder. A amiga tem 5 quilos, chama-se Leca, (Meia-Leca ficava grande demais) e tem 3 anos e meio. A Leca veio cá para casa com pouco mais de duas semanas. Não tinha dentinhos e não sabia comer sozinha. Até hoje me pergunto que espécie de "pessoa" teve coragem de pôr aquela coisa tão fofa no contentor do lixo. Mas teve. Os senhores da recolha do lixo ouviram-na "chorar" e levaram-na para o canil municipal. Foi onde a vi e não consegui deixá-la lá, onde ia com certeza morrer. Quando me dá tantos miminhos e olha para mim com aqueles olhos doces penso que a dita "pessoa" não sabe o que perdeu. Agora as fotos destes meus lindos. Os outros virão depois.