Teatro da vida
Que segredo esconde a vida que não se deixa desvendar. Um dia atrás do outro, dia - noite - dia... um padrão desconhecido e sempre igual. É como um mar infinito de ondas alterosas. Os seres por aí vão, crista e cava, sem destino, sem resposta. Seres perdidos entre o nada da existência.Tão grande é a ilusão nesta representação inconsciente de marionetas. Alguém puxa os cordéis. Com crueldade? Com indiferença? Sem saber porquê ou para quê, as marionetas representam tragédias e comédias, interagem umas com as outras e sentem. Sentem dor, raiva, desalento, desespero... Mas não são livres. Não podem escolher porque não sabem, não conhecem. Questionam e nunca têm respostas. A verdade esconde-se atrás do segredo e fica encoberta para os seus sentidos limitados. Com que direito o ciclo foi iniciado?
E dia após dia, ano após ano o espectáculo faz-se em direcção ao desconhecido.